Bioeconomia do Tucupi

Feito em parceria com atores locais da cadeia produtiva da mandioca no estado do Pará, o projeto surge em um contexto de crescente valorização da biodiversidade e da necessidade de soluções sustentáveis para o desenvolvimento regional. Essa colaboração viabiliza a coleta de amostras sob condições reais e o intercâmbio de conhecimentos entre pesquisadores e produtores.

O tucupi, produto fermentado derivado da mandioca, é amplamente consumido na Amazônia, com grande valor cultural e econômico. No entanto, a ausência de padronização e controle rigoroso dos processos fermentativos pode comprometer a qualidade e a segurança alimentar. O projeto busca preencher essa lacuna por meio da aplicação de abordagens laboratoriais integradas, como o metabarcoding e a metaproteômica, que permitem não apenas identificar os microrganismos presentes, mas também compreender suas funções metabólicas ativas ao longo da fermentação. Essa abordagem é especialmente relevante para diferenciar as características do tucupi tradicional e do tucupi preto, obtido por redução térmica.