A partir de análises físico-químicas e biológicas e do uso de técnicas moleculares de ponta, o projeto propõe uma abordagem inovadora para avaliar a saúde do solo em áreas associadas à Meta Florestal da Vale, que pretende proteger 400 mil e recuperar 100 mil hectares até 2050, em alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
O projeto realiza o monitoramento contínuo da química e da biologia do solo em áreas de reflorestamento e sistemas agroflorestais (SAFs), com o objetivo de quantificar os ganhos em serviços ecossistêmicos, como o sequestro de carbono, a ciclagem de nutrientes e a resiliência ecológica. Um dos diferenciais do projeto é o desenvolvimento de um Índice de Qualidade do Solo (IQS) avançado, que associa dados microbiológicos, genéticos e proteômicos a indicadores físico-químicos tradicionais. Além disso, está em desenvolvimento uma plataforma de visualização interativa, que permite o acompanhamento da evolução das áreas ao longo do tempo. Essa ferramenta será útil não apenas para o monitoramento de SAFs, mas também para a recuperação de áreas degradadas por mineração ou agricultura, o que contribui para a melhoria das práticas de manejo, redução de custos e aumento da produtividade.
A iniciativa parte do princípio de que o solo é um dos principais reservatórios de carbono do planeta. No entanto, alterações no uso da terra, como desmatamento e práticas agrícolas convencionais, podem comprometer esse equilíbrio, liberando grandes quantidades de CO₂ e outros gases de efeito estufa. Por outro lado, práticas regenerativas e reflorestamento podem aumentar os estoques de carbono, melhorar a fertilidade do solo e promover a biodiversidade edáfica.



