O projeto busca gerar conhecimento técnico e científico para subsidiar políticas públicas, projetos socioambientais e estratégias de desenvolvimento em comunidades localizadas ao longo da Estrada de Ferro Carajás, no sudeste do Pará.
A proposta é identificar os principais fatores que impulsionam ou limitam o desenvolvimento local, mapear a estrutura socioeconômica existente e avaliar o potencial de atividades econômicas resilientes, com destaque para aquelas associadas à sociobioeconomia. A partir da análise de dados secundários e entrevistas com atores locais, o estudo pretende compreender o perfil do empreendedorismo nas comunidades e identificar oportunidades de negócios que possam ser fortalecidas ou introduzidas com base nas potencialidades do território.
A região de estudo abrange municípios do Corredor Carajás, como Parauapebas, Canaã dos Carajás e Curionópolis, que concentram os principais projetos minerários da Vale no Pará. Esses municípios fazem parte da Província Mineral de Carajás, uma das mais ricas em recursos minerais do país, mas que ainda apresenta indicadores sociais deficientes e baixa diversificação econômica. A transição da mineração para modelos mais automatizados reduziu significativamente a demanda por mão de obra direta, acentuando a necessidade de alternativas econômicas mais inclusivas e intensivas em trabalho.
Nesse contexto, a bioeconomia surge como uma via promissora para o desenvolvimento sustentável. A pesquisa está alinhada aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente os ODS 1, 2, 13, 14 e 15, que tratam da erradicação da pobreza, segurança alimentar, combate às mudanças climáticas e conservação da vida terrestre e aquática.




