Em parceria com o Instituto SENAI de Inovação em Tecnologias Minerais (ISI-TM), o projeto propõe uma abordagem inovadora para transformar rejeitos da mineração em aliados na mitigação das mudanças climáticas e na restauração de áreas degradadas. A iniciativa busca desenvolver metodologias para acelerar o intemperismo de rochas silicáticas alcalinas (como o basalto) e escórias da produção de níquel, a fim de promover o sequestro de carbono no solo e a liberação de nutrientes essenciais para a revegetação com espécies nativas.
A dinâmica entre solo, microrganismo e planta é central para o sucesso da estratégia. Isso porque, durante o processo natural de intemperismo, o basalto e as escórias liberam cátions como magnésio (Mg²⁺), cálcio (Ca²⁺), ferro (Fe³⁺) e silício (Si), que reagem com o CO₂ atmosférico e formam minerais carbonáticos estáveis no solo, como siderita, calcita e magnesita. Esse processo não apenas remove CO₂ da atmosfera, mas também melhora a fertilidade do solo, favorecendo o crescimento de plantas e a atividade microbiana.
Ao explorar soluções baseadas na natureza e no uso sustentável de resíduos industriais, o projeto também contribui para o compromisso do Brasil no Acordo de Paris.

